Mudanças entre as edições de "Hino dos vencedores"
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Com estas composições, os vencedores, além do prêmio da loteria, ganham também seu hino. Mas esse só vem a demonstrar a arbitrariedade dessa vitória, que revela a mística “numerológica” e aleatória que se encontra na vulgaridade da economia como um todo: seus mercados, especulações, bolsas, índices, números, promessas e, claro, vencedores. Estes últimos sim, compartilham (se muito) os valores de uma lógica perversa que oprime, explora e priva a todos que não entendem o que figuram seus hinos perfeitamente aleatórios. | Com estas composições, os vencedores, além do prêmio da loteria, ganham também seu hino. Mas esse só vem a demonstrar a arbitrariedade dessa vitória, que revela a mística “numerológica” e aleatória que se encontra na vulgaridade da economia como um todo: seus mercados, especulações, bolsas, índices, números, promessas e, claro, vencedores. Estes últimos sim, compartilham (se muito) os valores de uma lógica perversa que oprime, explora e priva a todos que não entendem o que figuram seus hinos perfeitamente aleatórios. | ||
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Edição das 14h12min de 15 de novembro de 2010
Hino dos vencedores
Cadu
Normalmente um hino é uma música que pretende simbolizar a união de um grupo em torno de um conjunto de ideias compartilhadas (como supõe-se ser o caso de uma nação), valores comuns. Mas se esse é o caso em Hino dos Vencedores, então temos que pensar nesses “valores” muito literalmente (e ao mesmo tempo não como “valores” tão literalmente “compartilhados”).
As partituras usadas por Cadu para compor o Hino dos Vencedores são bilhetes perfurados nas posições dos números definidos pelos sorteios de loteria. Estes bilhetes, quando alimentados em caixas de música, geram canções no mínimo incomuns.
Com estas composições, os vencedores, além do prêmio da loteria, ganham também seu hino. Mas esse só vem a demonstrar a arbitrariedade dessa vitória, que revela a mística “numerológica” e aleatória que se encontra na vulgaridade da economia como um todo: seus mercados, especulações, bolsas, índices, números, promessas e, claro, vencedores. Estes últimos sim, compartilham (se muito) os valores de uma lógica perversa que oprime, explora e priva a todos que não entendem o que figuram seus hinos perfeitamente aleatórios.